Ferrugem no Café

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Folha com manchas 🍒 Café

Sintomas

A ferrugem do cafeeiro, causada pelo fungo Hemileia vastatrix, manifesta-se inicialmente como pequenas manchas amareladas, de aproximadamente 2 a 3 mm de diâmetro, na face superior das folhas. Essas manchas evoluem, tornando-se maiores, com coloração laranja-avermelhada e, posteriormente, marrom, geralmente com uma borda amarela bem definida. Na face inferior da folha, observa-se a formação de uma massa pulverulenta de esporos, que varia de laranja-claro a marrom, indicando a esporulação ativa do fungo. A desfolha prematura das plantas compromete a fotossíntese, reduzindo a produção de carboidratos e, consequentemente, o enchimento e a qualidade dos frutos. A severidade do ataque pode levar a perdas superiores a 70% da produção.

Recomendações

Controle orgânico

O controle orgânico da ferrugem é limitado, mas pode ser feito com o uso preventivo de biofungicidas à base de microrganismos antagonistas, como Bacillus subtilis e Trichoderma spp.. Esses agentes competem com o fungo e reduzem sua capacidade de infecção. Além disso, práticas culturais como a melhoria da aeração entre as plantas (poda adequada), controle de sombreamento e nutrição equilibrada são essenciais para diminuir a umidade e fortalecer as defesas naturais da planta.

Controle químico

O controle químico deve ser planejado dentro de um Manejo Integrado de Doenças (MID). O uso de fungicidas protetores e sistêmicos é comum em lavouras comerciais. A calda bordalesa, uma mistura de sulfato de cobre e cal virgem, é uma solução tradicional e eficaz, especialmente quando aplicada de forma preventiva, antes da ocorrência de chuvas frequentes ou alta umidade. A dosagem deve seguir as recomendações técnicas (geralmente a 1%). Já o oxicloreto de cobre 50% WG também é indicado, atuando como fungicida de contato. Em situações de alta pressão da doença, é recomendada a aplicação sequencial com intervalos de 14 a 21 dias. Fungicidas sistêmicos com ingredientes ativos como tebuconazol, epoxiconazol ou azoxistrobina podem ser utilizados em rotação, respeitando os períodos de carência e evitando a resistência do patógeno. A combinação de produtos com diferentes modos de ação ajuda a manter a eficácia do controle.

Causa

A ferrugem do cafeeiro é provocada pelo fungo Hemileia vastatrix, um patógeno altamente disseminável, principalmente por meio do vento, da chuva e de respingos de água. O fungo sobrevive em restos culturais e folhas caídas no solo, liberando esporos (urediniósporos) que, ao encontrarem condições favoráveis — como umidade elevada, temperaturas entre 21°C e 25°C e orvalho prolongado — germinam e infectam novas folhas. O ciclo do fungo é rápido, podendo se repetir várias vezes durante a safra, o que favorece surtos severos. Além disso, a ausência de rotação de cultivares resistentes, o excesso de sombra e a densidade elevada de plantas aumentam o risco de epidemias.

Medidas preventivas

Para reduzir o risco da ferrugem, recomenda-se adotar um conjunto de medidas preventivas: plantio de cultivares resistentes (como Catucaí, Iapar 59 ou Obatã), evitar monoculturas, realizar podas sanitárias e de formação, garantir espaçamento adequado entre as plantas e manter a adubação equilibrada, especialmente com potássio e micronutrientes como boro e zinco. É importante também realizar o monitoramento frequente da lavoura e aplicar defensivos somente quando necessário, baseando-se em níveis de infestação e previsões climáticas.

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